“Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez.” – Jean Cocteau
- Por ClaudOmir Herzog | claudomir21@gmail.com
1. Considerações iniciais
De todos os meios de comunicação de massa e alternativo existentes, cabe ao rádio se destacar pela capacidade de despertar nas pessoas duas características fundamentais: a emoção e a imaginação. A presença do rádio em Sergipe tem marco temporal a metade do século XX e espacial às cidades de Aracaju, Estância, Itabaiana e Lagarto e mais tarde, a partir da década de 1980 espalhando-se para outras cidades como Propriá, Simão Dias e Tobias Barreto, estando dispostos em ambas as etapas por ordem alfabética. As primeiras eram todas concessões AM’s, sendo às outras majoritariamente FM’s, mas todas na modalidade comercial.
A década de 1990 marca o surgimento das primeiras rádios comunitárias (FM’s), alcançando diversos municípios em todas as porções geográficas de nosso Estado. Para mobilizá-las, foi organizada a primeira versão da seção estadual da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (ABRACO), cujas primeiras reuniões tiveram local a sede do Centro Sertipano de Educação Popular (CESEP) e o Sindicato dos Bancários de Sergipe. Muitas emissoras se organizaram e encamparam a árdua luta pelas concessões, outras optaram em atuar fora da estrutura oficial e algumas nem nasceram ou não chegaram a entrar em operação.
1.1. Perto de 300
O terceiro segmento de rádios em Segipe é o que mais cresce e se consolida em nosso estado, com 229 emissoras, conforme cadastro no App RadiosNet, acrescidas de 4 emissoras AM e 58 FM, totalizando 291 veículos apenas nesta plataforma, sem prejuízo de outras similares. Existem entre as webradios algumas FM’s que se cadastram como sendo deste segmento para fins de venda da imagem com melhor índice de audiência (não sendo estes apps aferidores precisos), mas todas, sem exceção são concomitantes rádios digitais, rádios conectadas via algum serviço de straining.
2. Quando nascemos?
Seria impreciso cravar uma data ou firmar o tempo do surgimento das web rádios sertipanas, mas não nos parece difícil consensuar os anos 2000 como consequência do advento da Internet, o primeiro momento, crescente a partir da década seguinte, quando estas alcançaram todas as microregioes e na transição seguinte sua consolidação. Atualmente as web rádios, rádios webs ou rádios digitais tem optado pela otimização e profissionalização dos serviços prestados, qualificando seus comunicadores, adquirindo equipamentos e montando estruturas admiráveis
2.1. Surge a ASWR
Indubitavelmente, o grande marco para firmar definitivamente as web rádios como segmento indispensável como meio de comunicação de massa, popular e alternativo deu-se com a organização do Movimento Pró-Associação Sergipana de Web Rádios em 21 de dezembro de 2018, em reunião na sede do Sindicato dos Radialistas de Segiipe contando atualmente com 43 participantes (número flutuante).
3. Se muito vale o já feito
Ainda há muito caminho a seguir, mas quando olhado a trajetória, vê-se que foram passos significativos e o destino é o ilimitável.
- ClaudOmir Herzog (53) é historiador, membro da ASWR e coordenador da Rede Popular de Comunicação Alternativa de Sergipe
