Abandono: 15 anos consumidas pela ação do tempo e omissão dos homens

Abandono: 15 anos consumidas pela ação do tempo e omissão dos homens

Com a inauguração da Ponte ZÉ PEIXE (Ponte Construtor João Alves) em 24 de setembro de 2006, sobre o Rio Sergipe, ligando a capital, Aracaju, a cidade metropolitana de Barra dos Coqueiros, lanchas (ou barcas) que faziam a travessia de passageiros entre ambas cidades; perderam suas funções, dando início a um período de abandono e consumo pela ação do tempo, omissão dos homens e do poder público estadual e municipal.

Adquiridas na segunda metade do seculo XX pelo extindo Departamento de Transportes Hidroviario de Sergipe,(DTH/SE) e concedidas a empresa H.Dantas, essas lanchas fizeram parte da vida de milhares de barracoqueirenses, cujas histórias a elas e com elas relacionadas fazem parte das memórias imaginários individuais e coletivas de homens e mulheres na Ilha de Santa Luzia, de crianças hoje adultas, estudantes e trabalhadores que testemunham com indisfarçável tristeza e olhos cheios de copiosas lágrimas, soluço continuo, o trágico fim dessas que deveriam ter sido conservadas para viagens exporádicas, ou elevadas a condição de patrimônio cultural material de Sergipe assim como foi o Carrossel do Tobias em Aracaju e a locomotiva da Leste Brasileira em Porto Real do Colégio, em Alagoas, só para ilustrar

Elas ainda estão lá, às margens do Rio Sergipe, a vista de quem chega a Barra via ponte, de seu lado esquerdo, aguardando que alguém com um coração para transplantá-la (elevando-a) e conservar estes monumentos do povo sergipano.

  • Por ClaudOmir Herzog e Nicy Alves, membros da Academia Barracoqueirense de Letras e Artes

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