Crônica: SERGIPANIDADE

• por Nicy Alves

Sergipanidade é…

Gostar do cheirinho de café torrado no fogão a lenha e pisado no pilão…

É como sentir as batidas do coração.

Sergipanidade é…

Pescar siri no rio comendo feijão de corda fazendo bolo com a mão. É o molho da pimenta, cebola roxa e um bom limão.

Sergipanidade é…

Desfrutar de um gostoso caju direto do pé, suco de mangaba, murici ou cambuí, água de coco da Barra e ainda, raspa a carne de colher.

Sergipanidade é…

Degustar um bom caranguejo com vinagrete, amendoim, farofa de castanha e uma boa lasca de queijo no mercado central. Já experimentou manga verde com sal?

Um bom sergipano não perde uma moqueca de peixe, pitu, galinha de capoeira, pirão de capão e um copo suado do litrão.

Sergipanidade é…

Na sobremesa, doce de banana, queijada de são Cristóvão…O doce de leite de Glória e os biscoitos de Aquidabã.

Sergipanidade é isso, viver intensamente, valorizando as coisas da gente, forró no pé, barco de fogo, samba de coco e de roda, boi Bumbá, lambe sujos e caboclinhos, pierrô. É alegria e alto astral. É o colorido da chegança, é o canto da Taieira e as batidas de São Gonçalo.

É sentir, se emocionar… de um jeito que somente um bom sergipano sabe amar.

Dedico esse texto a todos os sergipanos que estão longe de sua terra amada. Em especial, Carlos Alberto de Carvalho. Grande escritor sergipano.

• Nicy Alves escreve aos domingos na Tribuna da Praua