A luta dos povos ribeirinhos em defesa do “rio de muitas voltas” data-se do ano 1987, quando o jornal “O Atlântico” (segunda fase da Tribuna da Praia) denunciava pela primeira vez o barramento do Rio das Pedras, leito natural do Rio Japaratuba até a abertura do canal artificial na segunda metade do século XIX. A luta ganhou amplitude na década de 1990 quando um grupo de professores levou o debate para às salas de aula da Escola Estadual José Amaral Lemos, inclusive com a realização de expedições, excursões e ações ambientais.
A partir de 1998 com a Fundação da Sociedade SocioAmbiental do Rio Japaratuba, a defesa se estende por toda a bacia com uma escala mais incisiva na porção Baixo Japaratuba, inclusive com o estudo e difusão da produção científica de graduação e pós-graduaçao (palestras, exposições e visitas técnicas).
Este espólio, catapultado pelo surgimento da Política Nacional e Estadual de Recursos Hídricos, a qual legitimou as lutas nesse processo democrático, que em 2005, culminou com a criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Haparatuba.
Aliada a outras forças sociais, a SOS Rio Japaratuba foi uma das signatárias do processo que resultou na construção do Fórum do Poder Popular em 2003 que passou a integrar a Frente Parlamentar Ambientalista e Frente Ambientalista de Sergipe.
Consultados pelo mandato da deputada estadual Ana Lúcia, estes atores sociais indicaram a data de fundação do CBHJ como ponto pacificador para *celebração anual em 30 de agosto do Dia Estadual do Rio Japaratuba* , instituídos através da lei n° Lei 8.103/2016.
Após uma ampla etapa de amadurecimento, a fusão da Associação Vale do Japaratuba e a SOS Rio Japaratuba, nasceu o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Socioambiental (IDESA-Brasil),, sediado no povoado São José, em Japaratuba (SE) com atuação em todo território nacional, encampando como uma de suas bandeiras a defesa do Rio Japaratuba, mais importante patrimônio natural de 18 municípios sergipanos.
Por IDESA-Brasil.