Sobre a reeleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores; que isso sirva de lição
- Por ClaudOmir Herzog | claudomir21@gmail.com
Os vereadores de Propriá deram início a correção de algumas distorções, aberrações que tem distanciado cada vez mais a casa, do povo, mas isso só se deu em função da provocação do Poder Judiciário por parte dos parlamentares, atualmente mais de dois terços da composição atual daquele Parlamento. Num gesto insustentável foi introduzida há alguns anos a eleição de uma nova ou reeleição da Mesa Diretora com mais de 18 meses antes do fim do mandato daquela eleita cerca de 5 meses antes – o argumento? Que isso era, pasme, um efeito “dominó”. Contém outra!
■ Congressos turísticos
Seguindo esta “toada”, está lançado o desafio aos oito e mais os três vereadores a acabarem com a “farra dos congressos turísticos”, que tem se constituído em um disparate para gerar um recurso extra para aumentar os ganhos imorais dos edis. É imoral, pois a formação e aperfeiçoamento cabe aos partidos políticos aos quais estão filiados, cabendo aos institutos ou fundações promovê-las – cobrem a quem de direito. Nenhum desses “congressos” acrescentam absolutamente nada ao Parlamento nem tampouco a sociedade, mas para encher o bolso de alguns espertalhões.
■ Diárias sem fim
Aos vereadores de Propriá cabendo ainda por um fim ao abuso no uso de diárias que não se sustentam, pois estas são sempre uma forma de afortunar alguém, por isso a “briga” de uns para tantos mandatos como presidente – a reeleição, em uma casa com 11 membros, por si só, é anti-democrática!
■ Bancada do presidente?
Já é um absurdo quando temos que ouvir a frase a “bancada do prefeito”, a “bancada do amém”, e pior quando já ouvimos em um passado não tão distante “a bancada do presidente” (!), mantida sabe se lá a qual custo (?).
■ A pior safra
Analisando às composições do Parlamento pelo menos a partir de 1997, a atual composição é a pior em 25 anos, com parlamentares que se pagassem para estar ali, ainda seriam muito caro, mas… Tartaruga, cágado e jabuti não sobem em árvore se não são lá colocados. Entendem?
■ Cara de tacho
Tem vereadores que se mantém na base aliada as altas custas para os cofres públicos, indicando familiares para ocupar funções em cabides, enquanto seus eleitores ficam literalmente com a “cara de tacho”. A melhor definição dessa prática é promiscuidade!
■ O papel do vereador
Ao vereador cabe o exercício de fiscal do povo, para impedir possíveis fraudes, atos de corrupção, se blindando de subornos e propinas. Não nos referimos a Propriá, claro!
■ Cada um tem o vereador que merece
Já ouvimos de vereadores “iluminados” dizer que quem reclama deles, se candidatam e vá para lá. Recomendo lê a “História das Câmaras Municipais” durante o Brasil Colônia e quem eram “os homens bons”. Ah, os daqui são “excelentes”, conferem?
■ Mensagem da Semana
“Resumindo, o vereador é a ligação entre o governo e o povo. Ele detém o poder de ouvir o que os eleitores querem, propor e aprovar esses pedidos na câmara municipal e fiscalizar se o prefeito e seus secretários estão colocando essas demandas em prática.”
- Por ClaudOmir Herzog (54) é Cidadão Propriá -SE, escreve aos finais de semana neste espaço