Letícia Cesarino, professora de antropologia da UFSC, aponta domínio da direita em “plataformas subterrâneas” digitais
- Por Caroline Oliveira
Bolsonaro segura telefone celular durante evento em 2020 para lançamento de programa para “retomada” do turismo; extrema-direita domina difusão de desinformação nas redes sociais – Evaristo Sá/AFP
Uma das pautas que não sai da boca do presidente Jair Bolsonaro (PL) é a suposta fragilidade das urnas eletrônicas, como forma de deslegitimar o processo eleitoral brasileiro. Na mesma linha, o assunto também é dominante nos grupos de extrema-direita do Telegram.
Letícia Cesarino, professora no Departamento de Antropologia e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), estuda a fundo o comportamento bolsonarista em grupos, e aponta: “os [assuntos] mais compartilhados, as pautas e as narrativas que se sobressaem no conjunto dos grupos e canais que a gente analisa, têm a ver não necessariamente com alegação direta de fraude nas urnas, mas com a deslegitimação da institucionalidade que garante o resultado da eleição”
(…)
- Foto: Brasil de Fato