09 de março: Há 88 anos nascia Francisco Pereira da Silva (Sisiho), o homem de nossas vidas

Há 88 anos, nascia em 09 de março de 1933, um dos homens mais sábios que a humanidade já conheceu, cuja
grandeza consistiu em seu coração e doçura, ao tempo em que firme em suas posições e duro quando a natureza humana exigiu. Francisco Pereira da Silva, nosso saudoso Sisinho era natural do povoado Fleixeiras, em Santo Amaro das Brotas, filho de Caio Pereira da Silva e Maria Francisca da Cruz, com os quais herdou valores que repassou ao lado de Edmê Tavares da Silva, sua companheira, para filhas, filhos (Cláudia, Claudice, Claudomir e Claudeci, Maria Helena, José Domingos e Edelvani Tavares da Silva, estes três últimos já no plano da eternidade), uma plêiade de netas, netos, bisnetas e bisnetos. Pescador artesanal, dizia que não tinha riqueza material para deixar aos filhos, apenas a escola, não sabendo (ou talvez antevendo) que esta é a maior riqueza que um pai pode proporcionar aos seus descendentes.

Sisinho (Sim Sim ou Tim, Tim para irmãos e irmãs), morou em Feixeiras, Canal de São Sebastião (Barra dos Coqueiros) e Pirambu. Foi asociado e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pirambu, à Colônia de Pescadores Z-5 de Pirambu e Região, teve discreta participação em momentos políticos no Partido dos Trabalhadores, (décadas de1980 e 1990), no Partido Verde (anos 2000) e finalmente no Partido Comunista Brasileiro (anos 2010), do qual saiu por imposição da Igreja Testemunha de Jeová.

“Seu” Sisinho foi nas décadas de 1970 e 1980 um apaixonado pela Literatura de Cordel, cujos folhetos comprados nas feiras onde comercializava peixe, camarão e guaiamum, lia cantando em uma rede enquanto a “filharada” ouvia atentamente as histórias esparramados em uma esteira, o que despertou em sua prole o gosto pela cultura em sua vertente popular.

Francisco estudou até a 4ª série do Primário, equivalente ao atual 5° ano do Ensino Fundamental, mas sua caligrafia era de “encher os olhos” e seu vocabulário irretocável. Na descrição de sua filha mais velha, Claúdia Tavares, falando em nome de toda a família no dia de seu sepultamento em 27 de agosto de 2016, “esse homem nos ensinou tudo de bom nunca nos deixou faltar nada, muito obrigado meu pai”, disse emocionada e nos emocionando. Chorando copiosamente, seu neto Erick Tavares disse “esse é meu avô, é meu coroa meu pai” testemunhou e quantos relatos que podem ser resumidos em duas palavras: “Muito Obrigado!”.

Pirambu (SE), 9 de março de 2021.

por ClaudOmir Herzog

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