Durante entrevista concedida em 22/12 ao radialista George Magalhães na Rádio FAN FM, da cidade de Carmópolis, o prefeito eleito e diplomado de Pirambu, Guilherme Melo (PSC) disse que o principal gargalo da futura gestão será a educação e destacou a dificuldade em honrar com a folha de pagamento dos professores que consome além dos recursos do FUNDEB, precisa ser complementada com parte do FPM. Apresentou como solução alternativa para a resolutividade do problema, a redução dos salários dos professores, não deixando claro como se daria essa medida, para equacioná-lo e fechar a conta dentro da margem de movimentação das receitas do Fundo de Manutenção e Densenvolvimento da Educação Básica.
O futuro gestor não precisa, nem pode reduzir os proventos dos profissionais do ensino, o que seria um ato inconstitucional, mas como já afirmamos em postagens anteriores, corrigir imediatamente às disparidades e distorções que nas condições atuais beneficia aliados, construídas durante a atual e anteriores administrações, construídas em bases insustentáveis inobservadas pela “miopia” jurídica da Prefeitura Municipal, majoritariamente na atual gestão da qual é co-responsável e co-partícipe (há um estudo com estas indicações laureado pelas secretarias de Finanças e de Educação).
Guilherme Melo sabe que basta se organizar, se planejar e acabar com a famigerada “farra” de contratados, optando inevitavelnente pelo necessário e indispensável processo seletivo, baseado em critérios técnicos, democráticos e pondo fim ao cabide de empregos em que se tornaram nossas escolas e Secretaria de Educação.
O prefeito eleito não deve insistir no discurso que objetiva confundir a sociedade pirambuense, nem lançar mão de uma narrativa que criminaliza os educadores que labuta diariamente no chão das escolas, mas aflorar a vontade e firmeza política para explicar porque alguns recebem salários variantes entre R$ 9, 11, 14, 16 mil, quando a ampla maioria recebe a nédia salarial pouco superior a R$ 4 mil (veja valores reais no Portal da Transparência) e ainda tive sua regência de classe mutilada pagando uma conta pela omissão da atual gestão que privou direito dos estudantes às aulas remotas e professores em ministrá-las. E para finalizar, o que tem feito a atual gestão com o recolhimento das consignações dos empréstimos contraídos por servidores junto às instituições financeiras como CAIXA e BRADESCO, que têm mensalmente os valores recolhidos/retidos dos saláruos e não repassados a estes bancos que negativam os nomes dos servidores, ficando estes impedidos de adquirir qualquer bens (móveis, imóveis, etc.), além das recorrentes ligações telefônicas indesejáveis.
por ClaudOmir Herzog