Parece que a última noite
Pertenceu a ela, minha janela
Vastos largos edifícios
Portas fechadas, ruas vazias
Grande silêncio e calmaria
Um transeunte caminhava perdido
Procurava ali algum sentido?
Para onde indo estaria?
Olhava do alto a cidade bela
Não enxergava a maioria
Na agradável noite fria
Onde estavam?
Será que dormiam?
Com tantas luzes acesas?
Consciências e mentes vazias?
Do que cheia, estariam?
Ainda era madrugada
Logo logo acordariam
Uns iriam se encontrar
Tantos outros se perderiam
Frente então à minha janela
Muito pouco eu enxergava
Se verdade, bem mais os via
Madrugada, és tu Senhora
Muito longa para alguns
De pouco sono ou nenhum
Amanhã será outro dia
Tudo isto se repetiria
Dia e noite, noite e dia
Do falavam as suas mentes?
Compreender, capaz seria?
Se há uma voz que não cala
E um coração que silencia
Há uma razão que separa
Muito além de compreender,
Nenhum de nós, saberia
Ana Paula Ismerim Moura
09/09/2020